terça-feira, 22 de junho de 2010

Só há lugar para um Friedrich...

Sou quase uma ativista da despretensão, seja uma despretensão em movimento ou preguiçosa. Já pensou uma civilização de Nietzsches, numa representação da obra Ecce Homo? Acho que por isso me tornei uma defensora do mediano, a partir da máxima que um mundo de “grandes e prontos” seria humanamente impossível, além de insuportável. Da mesma forma seria impossível pensar uma civilização de Tarzans. Nem oito, nem oitenta. Como construir a própria identidade sem considerar a singularidade, numa vida apresentada e cheia de limites? É mais fácil aceitar a pergunta de uma funcionária: se seu marido é judeu, é verdade que vocês têm pacto com o Diabo? Isso foi o que ela aprendeu... Chega a ser engraçado e de tão ingênua ela tem minha solidariedade. Ela e os pretensiosos ignorantes. Minha grande dificuldade está em aceitar os sujeitos de experiências intelectuais significativas e que no entanto são arrogantes, preconceituosos e mesquinhos - resultado: asco, ansiedade, sufocamento e muita análise para engolir esses primatas de "alpargatas", com títulos e livros com fim neles mesmos.

"...acontece que a donzela - e isso era segredo dela, também tinha seus caprichos. E a deitar com homem tão nobre, tão cheirando a brilho e a cobre, preferia amar com os bichos..."
Geni e o Zepelim - Chico

É quase isso...

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